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6.03.2010

Equipe de colaboradores fechada com a empresa

Por: Cristofer de Mattos - Jornal Exclusivo

Manter quadro de colaboradores unidos garante ambiente harmônico e alavanca os negócios

Manter a equipe unida é um dos grandes desafios contemporâneos das empresas. O velho ditado popular “a união faz a força” não deixa de ser uma das máximas mais recorrentes e buscada incessantemente pelos gestores. Mais do que conceitos filosóficos de trabalho, manter funcionários imbuídos em buscar os mesmos objetivos da empresa representa, de acordo com especialistas, a melhor forma da empresa conquistar um ambiente aprazível de trabalho e, consequentemente, maiores chances de sucesso.

A supervisora de gerência de empreendedorismo e inovação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS), Viviane Ferran, destaca que o primeiro ponto para que a empresa consiga motivar seus funcionários a atuarem de forma conjunta e em pró da empresa é deixar claro aos funcionários o que a empresa busca. Saber se comunicar de forma clara e objetiva é fundamental.
Colocar os objetivos, metas, valores e princípios contribui para que a empresa desfrute de uma boa imagem junto aos seus funcionários. Também deixar claramente a cada um dos funcionários o que lhe compromete no dia-a-dia da empresa é importante, garante Viviane. Cabe aos gestores identificarem a linguagem mais apropriada de comunicação com o funcionário. Isso proporciona possíveis desculpas no futuro por parte dos funcionários quanto ao seu rendimento e comprometimento com os objetivos da empresa.
Viviane destaca que um dos paradigmas mais comuns em relação a união de funcionários, a motivação, é uma questão que passa bem mais pelo próprio interesse individual dos colaboradores do que pela própria empresa. “As empresas não conseguem motivar, mas desmotivar sim.A questão do aumento de salário, por exemplo, que pode motivar a equipe, tem um impacto passageiro. Agora, uma política de baixos salários constante sim pode desmotivar”, frisa. Ela acrescenta questões como condições de trabalho, que envolve acomodações dos ambientes, higiene dos locais e fluxo de trabalho como itens fundamentais para a criação de um ambiente que não desmotive os funcionários. “Cabe a empresa proporcionar um ambiente legal, de respeito, ética e valorização do trabalho e das pessoas”, explica.

MOTIVAÇÃO - Entretanto, reforça que o principal item de motivação passa pelo funcionário, que precisa encontrar as vantagens de trabalhar nesta empresa. Quando individualmente este colaborador está desmotivado é preciso que os gestores atuem de maneira a minimizar os impactos negativos desta motivação. “Um funcionário desmotivado desagrega o grupo naturalmente, pois ele se auto-exclui e com isso a unidade da empresa já está em risco”, frisa. O ideal, segundo ela, é através do diálogo mostrar a esse funcionário suas qualidades, que a empresa conta com ele, a expectativa da empresa quanto ao seu trabalho e que ele é importante para que o grupo de forma geral alcance os objetivos. Se não houver reciprocidade de interesse de melhorias por parte deste colaborador, em alguns casos repensar a sua contratação é uma alternativa.

O professor José Emílio Menegatti (Curitiba/PR), conferencista na área de motivação, afirma que para manter as equipes motivadas existem três etapas importantes. A primeira delas é priorizar o incentivo em vez de criticar. Segundo ele, as críticas são importantes na melhora do comportamento e conquista de resultados, porém não cabe aos gestores criticarem ou desprezarem as opiniões contrárias simplesmente por terem convicções diferentes. “As pessoas da equipe devem estar juntas, buscando a harmonia uns com os outros, ajudando-os mutuamente com palavras encorajadoras, pondo-os para cima, apontando suas virtudes e não suas falhas”, pondera.

O segundo passo é recusar as fofocas. Não levar adiante essas informações minimiza o impacto negativo no ambiente de trabalho. Conforme o professor Menegatti, esse tipo de comportamento só traz desunião da equipe, garante o professor. A última etapa, e não menos importante, é buscar a solução dos conflitos. Menegatti afirma que os conflitos nas empresas são naturais. No entanto, o que é importante é as empresas buscarem a solução o mais rápido possível. Se não houver a possibilidade de solucionar a questão somente com a conversa com as partes envolvidas o melhor caminho, segundo ele, é levar esse problema para que todos da equipe possam ajudar. “Se ainda assim persistir, talvez seja melhor afastá-los da equipe”, pondera Menegatti.

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