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12.10.2009

Informar-se ajuda a tomar decisões certas

Empreendedor precisa saber o que dizem os números para administrar melhor seu negócio.

Diz um velho adágio que informação é poder. De fato, quem está atualizado pode tomar decisões mais rápidas, práticas e seguras. Mas quando se tem a responsabilidade de conduzir uma empresa, como saber que tipo de informação é preciso ter? O primeiro grande desafio é conhecer o próprio negócio, afirma o consultor do Sebrae-SP, Jorge Luiz da Rocha Pereira. Tão importante quanto saber onde se está pisando é a capacidade de analisar a situação financeira da empresa. Para isso, o empreendedor dispõe de duas ferramentas básicas: fluxo de caixa e demonstrativos de resultado.
"Deve-se sempre fazer o controle de contas a pagar e a receber, a da entrada e saída de dinheiro", afirma José de Arimatea Dantas, também consultor do Sebrae-SP. Esse é o chamado fluxo de caixa, no qual são lançadas diariamente as entradas e saídas de dinheiro. É o instrumento que permite saber exatamente quanto a empresa tem disponível, quanto terá nos próximos dias e quanto falta ou sobra para honrar despesas mais imediatas.
Pelo fluxo de caixa, consegue-se visualizar se a entrada de recursos é ou não suficiente para suportar as despesas ou se é necessário buscar algum tipo de financiamento externo. Ele também ajuda a planejar compras, pagamentos e até recebimentos, embora seja comum a empresa de pequeno porte não ter muito controle sobre essas variáveis.

Quase sempre, a simples análise de como ocorrem os descasamentos pode indicar possíveis caminhos para solucionar o problema, como renegociar prazos ou recorrer ao capital de terceiros (empréstimos). No entanto, só o acompanhamento diário das informações permite visualizar com exatidão onde estão os buracos a serem tapados.

Já o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) serve para mostrar qual o resultado financeiro da empresa em um período de um ano, embora seja importante o acompanhamento da evolução mensal. Por meio dele, o administrador consegue verificar se estão sendo cumpridas suas metas (de vendas, de lucratividade, etc.). A informação permite ainda analisar como a empresa está trabalhando, detectar eventuais problemas na gestão financeira e buscar alternativas para melhorar o desempenho do negócio.

Embora o DRE e o fluxo de caixa sejam ferramentas essenciais, o gestor financeiro não deve ater-se somente a elas. Toda informação que possa melhorar a análise financeira do empreendimento e causar impacto positivo no negócio pode e deve ser levada em conta. Saber, por exemplo, o que os analistas projetam para a economia como um todo e para o seu mercado em particular, como vão se comportar preços e salários, qual é a expectativa de trabalho e renda do público que consome seus produtos e serviços, quais as tendências do mercado e onde podem surgir novas oportunidades, entre outras, é uma boa maneira de planejar as ações e ter uma noção de mais longo prazo sobre o que pode ser feito para incrementar o negócio.
O que o DRE pode mostrar.

Como está o faturamento em relação ao ponto de equilíbrio, ou seja, se o retorno do negócio está ou não sendo suficiente para pagar os custos.

Como estão as margens de lucro. Se estiverem baixas, é sinal de que os preços fixados pela empresa estão subestimados.

O peso das despesas financeiras. Quando ele é grande demais é porque a empresa tem uma necessidade de caixa não coberta, ainda que de forma temporária. Ela acaba gastando com juros um dinheiro que poderia se transformar em investimento, capital de giro ou até lucro.

..:: Como fazer o fluxo de caixa ::..

Anote todos os recursos que entram em saem da empresa, diariamente.

Vendas ou prestação de serviços pagas a prazo devem ter seus valores lançados no dia do vencimento. O mesmo vale para os pagamentos a efetuar.

Analise o fluxo. Veja se a entrada de recursos prevista para os próximos dias ou semanas é compatível com os pagamentos a serem feitos.

Caso os pagamentos vençam antes dos recebimentos, veja se é possível renegociar prazos para evitar ter de cobrir as despesas com financiamento externo, sempre sujeito a juros, ou com uma parcela do capital de giro.

Corrija datas e valores caso receba ou pague fora do prazo (antes ou depois) inicialmente estipulado, para manter o controle do fluxo.

..:: Fonte: Folha On-line!

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