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7.09.2009

Experiências em EaD: O tutor enquanto agente mobilizador

Por: Lucas Siqueira

Já abordei em nossa coluna a importância do tutor como um facilitador da aprendizagem colaborativa, porém na época eu estava na condição de aluno de um curso de EaD. Agora a realidade é outra, pois como escrevo este relato na semana passada, estou na condição de tutor de um curso de licenciatura em Turismo, oferecido pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ).

Os conceitos expostos no post anterior foram bastante reforçados na capacitação ocorrida no dia 04/07 na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Houve especial atenção ao tema "o papel do tutor como agente capaz de reduzir a evasão neste tipo de modalidade de ensino".

As estatísticas apresentadas durante a capacitação demonstram que o índice de evasão ainda é bastante elevado entre os acadêmicos do Consórcio CEDERJ. Antes de prosseguir, peço minhas humildes desculpas, por voltar neste assunto, mas penso ser um assunto que não se esgota. Além disso, percebo que quanto mais este for estudado, mais fundamentação e ferramentas terei para cumprir este novo desafio.

A atribuição mais importante do Tutor é sem dúvida “exercer o fascínio dos aprendizes e mantê-los atentos, motivados e orientados é necessário captar a atenção dos mesmos, demonstrando domínio das ferramentas de trabalho que irá utilizar na tutoria” (Gonzalez, 2009)

Motivar e exercer o fascínio do aluno é algo bastante complexo, afinal a tutoria não diz respeito somente aos conteúdos abordados durante as poucas horas de contato existente entre ambos. É importante ressaltar que as novas tecnologias permitem um contato maior entre tutores e alunos, e este contato é fundamental para que a relação de confiança de confiança se fortaleça semana após semana.
O tutor não deve atuar apenas como mero transmissor de conteúdos, pois
apesar do tutor não ser um terapeuta, é fundamental, que ele seja continente, controlando as angústias e necessidades que possam emergir do grupo tutorado, assim como, por outro lado, conter as suas próprias angústias frente aos sentimentos, dúvidas e outros fenômenos emergentes do processo dinâmicos do processo ensino-aprendizagem” (SOUZA, 2009).
A citação corrobora a importância do tutor na dinâmica que existe em um curso a distância e, ao assumir esta postura, o tutor certamente estará mais bem preparado para o desafio que é a continuidade do curso por parte dos discentes Torna-se necessário estar disponível, já que sem tal condição o "fio" se rompe, tornando-se difícil à retomada da relação pedagógica em níveis satisfatórios. A falta de confiança no tutor, o desamparo sofrido o desamparo sofrido pelo aprendiz num determinado momento de sua jornada, em geral, leva à evasão irreversível e o desapontamento indesejável para os envolvidos no sistema educacional (SOUZA, 2009).

Trabalhar com educação não é algo simples, existem métodos e técnicas que facilitam o processo, porém acredito que este será um dos maiores desafios da minha vida profissional, afinal se trata da primeira experiência, mas minha motivação para que isso funcione de maneira adequada é tão grande quanto o desafio. Espero que eu consiga despertar todos estes sentimentos em meus tutorados, transformando os momentos de tutoria em algo significativo para todos os envolvidos, inclusive eu. Reconheço minhas limitações, mas acredito que com dedicação, estudo e principalmente força de vontade será possível criar um ambiente favorável ao ensino.

..:: Referência ::..
SOUZA. Matias Gonzalez de. A Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância. Disponível em < http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/001-TC-A1.htm >. Acessado em 09 de julho de 2009.

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